sábado, 22 de novembro de 2014

A TESE 09 DA NEOPEDAGOGIA DA GRAMÁTICA
                            DO PROF. FRANCISCO DEQUI

Defendemos, o ilustre Prof. Francisco Dequi e este subscritor, a mesma tese: A oração subjetiva não é subordinada. O caminho trilhado, contudo, não é o mesmo.

Tese:           A oração subjetiva jamais será oração subordinada.

Argumento:  “Se é verdade que o nome sujeito e a própria oração nominal subjetiva é  termo determinado e jamais determinante, essa oração dita ‘subordinada  subjetiva’,(sic, vírgula) de forma alguma será subordinada”.

                   Quanto ao mérito, irretocáveis a tese e o argumento. Faltou apenas incluir o pronome sujeito e substituir “termo determinado” por função determinada, vez que a oração sujeito nem sempre é constituída de um único termo. Normal é ser constituída por mais de um termo. Questão, contudo, de somenos importância.

                   Passemos agora à comprovação do argumento.

                   O Professor, com muita propriedade e revelando-se verdadeiro artista na aplicação do processo didático, para comprovar seu argumento e validar a tese, vale-se da oração

                   “Carlos comprou remédios nesta semana

                   Usando o que ele chama código numérico, enumera  os termos da oração. Assim

                         1             2            3           5        4     
                   “Carlos  comprou remédios nesta semana

                   O sujeito recebeu o número 1; o verbo, o número 2: o objeto direto, o número 3;  o núcleo do adjunto adverbial, o número 4 e o termo denominado periférico, o adjunto adnominal do adjunto adverbial, o número 5.

                   Vale-se de setas, a que dá o nome de sintagramas.
                   Otoniel Motta, saudoso professor e gramático de Campinas, usava o processo chamando-o de diagrama. Isaac Nicolau Salum, também adepto do consagrado recurso, o especificava como garfos, na análise de textos.

                   Nessa disposição, dá início à análise, à luz do sintagma, e leciona que:

                   a) O verbo (comprou) determina o sujeito (Carlos). A seta do sintagrama mostra que 2 (verbo) determina l (sujeito);
                   b) o  objeto direto (remédios) determina o verbo (comprou). A seta do  sintagrama mostra  que 3 (remédios) determina 2 (verbo);
                   c) o núcleo do adjunto adverbial (semana) também determina o verbo  (comprou), embora a seta do sintagrama informe que ele (núcleo)
determina apenas o objeto (remédio). Simples falha do sintagrama. Retificada a lição, e não o sintagrama, aponta que 4 (semana) determina 2 (verbo).

CRÍTICA

1)
                   Sabemos que
a)  sujeito é o termo do qual se diz algo  (no predicado);
b) predicado é o que se diz do sujeito.

Em sendo assim, o que se diz do sujeito Carlos não é apenas
que  ele comprou, mas que ele comprou remédios nesta
semana.
Este é o predicado. É isto o que se diz do sujeito. O predicado
e não o verbo é que é o determinante do sujeito. Sempre e só o
predicado, quer se trate de  verbo transitivo ou de verbo
intransitivo. Segundo o autor, o determinante do sujeito é só
verbo, e não o predicado inteiro.

2)                Passemos agora ao determinante do núcleo do predicado.
                    Segundo o autor, determinante do verbo. Ora verbo  está no  
                    plano morfológico, no plano sintático trata-se da   função, e a
                   função do verbo  é a  de predicado ou de núcleo do predicado.


3)                  A seta do sintagrama mostra que o determinante do núcleo do predicado, que o ilustre professor trata  como verbo, é apenas o objeto direto (remédios). Esta falha consta apenas no sintagrama, no texto o mestre diz que semana também determina o núcleo do predicado (verbo, no texto). Deixa, contudo de fora o determinante de semana, o pronome demonstrativo esta, em elisão com a preposição em.
Esqueceu ele que a noção de tempo não está  no substantivo semana; está principalmente   na preposição em mais o demonstrativo elidido que, juntamente, com o substantivo se converte num advérbio.
                      


                  A TESE 09 DA NEOPEDAGOGIA DA GRAMÁTICA
                            DO PROF. FRANCISCO DEQUI

Defendemos, o ilustre Prof. Francisco Dequi e este subscritor, a mesma tese: A oração subjetiva não é subordinada. O caminho trilhado, contudo, não é o mesmo.

Tese:           A oração subjetiva jamais será oração subordinada.

Argumento:  “Se é verdade que o nome sujeito e a própria oração nominal subjetiva é  termo determinado e jamais determinante, essa oração dita ‘subordinada  subjetiva’,(sic, vírgula) de forma alguma será subordinada”.

                   Quanto ao mérito, irretocáveis a tese e o argumento. Faltou apenas incluir o pronome sujeito e substituir “termo determinado” por função determinada, vez que a oração sujeito nem sempre é constituída de um único termo. Normal é ser constituída por mais de um termo. Questão, contudo, de somenos importância.

                   Passemos agora à comprovação do argumento.

                   O Professor, com muita propriedade e revelando-se verdadeiro artista na aplicação do processo didático, para comprovar seu argumento e validar a tese, vale-se da oração

                   “Carlos comprou remédios nesta semana

                   Usando o que ele chama código numérico, enumera  os termos da oração. Assim

                         1             2            3           5        4     
                   “Carlos  comprou remédios nesta semana

                   O sujeito recebeu o número 1; o verbo, o número 2: o objeto direto, o número 3;  o núcleo do adjunto adverbial, o número 4 e o termo denominado periférico, o adjunto adnominal do adjunto adverbial, o número 5.

                   Vale-se de setas, a que dá o nome de sintagramas.
                   Otoniel Motta, saudoso professor e gramático de Campinas, usava o processo chamando-o de diagrama. Isaac Nicolau Salum, também adepto do consagrado recurso, o especificava como garfos, na análise de textos.

                   Nessa disposição, dá início à análise, à luz do sintagma, e leciona que:

                   a) O verbo (comprou) determina o sujeito (Carlos). A seta do sintagrama mostra que 2 (verbo) determina l (sujeito);
                   b) o  objeto direto (remédios) determina o verbo (comprou). A seta do  sintagrama mostra  que 3 (remédios) determina 2 (verbo);
                   c) o núcleo do adjunto adverbial (semana) também determina o verbo  (comprou), embora a seta do sintagrama informe que ele (núcleo)
determina apenas o objeto (remédio). Simples falha do sintagrama. Retificada a lição, e não o sintagrama, aponta que 4 (semana) determina 2 (verbo).

CRÍTICA

1)
                   Sabemos que
a)  sujeito é o termo do qual se diz algo  (no predicado);
b) predicado é o que se diz do sujeito.

Em sendo assim, o que se diz do sujeito Carlos não é apenas
que  ele comprou, mas que ele comprou remédios nesta
semana.
Este é o predicado. É isto o que se diz do sujeito. O predicado
e não o verbo é que é o determinante do sujeito. Sempre e só o
predicado, quer se trate de  verbo transitivo ou de verbo
intransitivo. Segundo o autor, o determinante do sujeito é só
verbo, e não o predicado inteiro.

2)                Passemos agora ao determinante do núcleo do predicado.
                    Segundo o autor, determinante do verbo. Ora verbo  está no  
                    plano morfológico, no plano sintático trata-se da   função, e a
                   função do verbo  é a  de predicado ou de núcleo do predicado.


3)                  A seta do sintagrama mostra que o determinante do núcleo do predicado, que o ilustre professor trata  como verbo, é apenas o objeto direto (remédios). Esta falha consta apenas no sintagrama, no texto o mestre diz que semana também determina o núcleo do predicado (verbo, no texto). Deixa, contudo de fora o determinante de semana, o pronome demonstrativo esta, em elisão com a preposição em.
Esqueceu ele que a noção de tempo não está  no substantivo semana; está principalmente   na preposição em mais o demonstrativo elidido que, juntamente, com o substantivo se converte num advérbio.


DA DISSENÇÃO NASCEU BELA AMIZA ENTRE FRANCISCO DEQUI E PEDRO JUNQUEIRA.
                                                                       
Ver abaixo a troca de correspondência
                      

                  

1

Enviada em: terça-feira, 27 de março de 2012 10:11
Para: Pedro Junqueira Bernardes
Assunto: Fw: Cópia Ideológica - Professora Magali

Pedro, como vai? Do que se trata?

----- Original Message -----
Sent: Monday, March 26, 2012 8:37 PM
Subject: Cópia Ideológica - Professora Magali



a) Do Prof. Dequi para a Revista


Ilmo. Senhor:
Luiz Costa Pereira Junior
DD. Editor da Revista Língua Portuguesa
Editora Segmento, Rua Cunha Gago, 412 – 1º. Andar
CEP: 05421-001 – São Paulo (SP)
Ilmo. Senhor:
         Chegou às minhas mãos um trabalho de conclusão de Magali de Albuquerque Petrak, aluna concluinte do Curso de Pós-graduação em Neopedagogia da Gramática, em pleno funcionamento na FATIPUC, situada na cidade de Canoas RS. O TCC da aluna me deixou preocupado, pois versou sobre “Cópia Ideolólgica”. Suas colocações parecem mostrar, com clareza, que uma das 18 Teses da obra Neopedagogia da Gramática, de minha autoria, tenha sido alvo de contrafacção que ela intitula como cópia ideológica. Neste momento, gostaria de não tecer qualquer comentário sobre esse trabalho que ainda está em âmbito interno. Passo-lhe o resumo que o encabeça, um tópico intermediário e a sua conclusão sucinta, a fim de que o editor possa verificar as colocações da aluna e nos dizer algo sobre o fato.
         Embora a revista, na página 4, estampe a sua ressalva, sabe-se que se tornou o canal da publicação sobre a qual se levanta o “plágio ideológico”. Temos ciência de que existe a responsabilidade solidária da revista, podendo a editora, caso haja eventual demanda, promover ação regressiva. Aguardamos sua manifestação sobre o fato.
 A seguir, anexamos os mencionados fragmentos:
                    Prof. Francisco Dequi
RESUMO
Pretende-se, com este trabalho, mostrar que o projeto e as teses neopedagógicas do professor Francisco Dequi estão sendo alvo de cópia ideológica por parte de alguns pesquisadores, pois, apesar de os conteúdos estarem amplamente divulgados, esses estudiosos não mencionam a verdadeira fonte dos conteúdos como deveriam fazer por ética e por força de lei. Para comprovar esse possível plágio, apresentaremos rápido histórico do Movimento Neodidático da Língua Portuguesa levado a efeito pelo Centro de Estudos Sintagramaticais, órgão de pesquisas do FATIPUC. Citaremos as teorias apontando as obras e as tese bem como os fragmentos delas extraídos, confrontando o conteúdo versado por ambas as partes. O núcleo da tese, objeto da diatribe pode ser resumido por estas palavras: ”A oração subjetiva jamais será subordinada como está exposta pelos gramáticos tradicionais”. Diante da farta comprovação que se arrecadou, chegamos à conclusão de que houve plágio ideológico.
TESE BÁSICA COPIADA
O professor de Passos copia e endossa a tese do CES que assim se resume:
 “É absurdo afirmar-se que a oração substantiva subjetiva é subordinada”. Já no cabeçalho da “A oração invisível” aparece o texto do jornalista da revista Língua Portuguesa: “Pesquisador defende que a oração subjetiva não é subordinada e mesmo gramáticos de ponta desprezariam uma importante distinção”.
A assertiva e os argumentos que o articulista arrola são buscados da Carta Magna da Língua portuguesa, da Sintagramática e da Tese 9 da Neopedagogia da Gramática. As três obras de autoria do prof. Francisco Dequi tiveram ampla publicidade e foram produzidas em diversas edições, bem como foram devidamente registradas no Biblioteca Nacional. Portanto essas teorias tiveram grande publicidade por meio de muita divulgação. Impossível alegar desconhecimento delas. Há, no artigo da revista Língua Portuguesa, diversos toques feitos por Pedro Junqueira Bernardes os quais comprovam que as páginas da neodidática foram palmilhadas pelo professor mineiro. Passemos a localizar esses pontos básicos que se inspiraram nas obras do Centro de Estudos Sintagramaticais.
 DOCUMENTOS NEODIDÁTICOS CONSULTADOS
1.      Carta Magna da Língua Portuguesa
2.      SINTAGRAMÁTICA – Identificação de determinantes e determinados
3.      Neopedagogia da Gramática
CONCLUSÃO
         Creio que minha demonstração acompanhada de transcrição de textos ligados ao foco visado, extraídos das obras do prof. Francisco Dequi sejam suficientes para comprovar que houve cópia ideológica. Se o plágio real exige cópia literal de textos maiores, este tipo de contrafacção não se configura. Entretanto a “cópia ideológica” ficou comprovada.
            Outras justificativas, outros argumentos, outras ilustrações poderiam ser arrolados como razões para as reclamações dos pesquisadores do Centro de Estudos Sintagramaticais e denunciar com mais veemência esse procedimento aético e ilegal. Entretanto, fico nesse esboço neste trabalho.
Assim, concluímos que o autor da “Oração invisível” objeto deste trabalho, realmente copiou o conteúdo central da Tese 9 da Neopedagogia de Gramática. Tangenciou também outros pontos das obras do CES inserindo-os no seu artigo “Oração invisível” publicado na revista Língua Portuguesa número 50, de dezembro de 2009. Não há qualquer dúvida sobre essa cópia ideológica, pois a argumentação, a nomenclatura, a estrutura das elucidações bem como muitas expressões são coincidentes demais e confirmam minha visão de plágio ideológico.

2

b) Da Revista para Pedro Junqueira

De: luizcosta@editorasegmento.com.br [mailto:luizcosta@editorasegmento.com.br]
Enviada em: terça-feira, 27 de março de 2012 10:11
Para: Pedro Junqueira Bernardes
Assunto: Fw: Cópia Ideológica - Professora Magali

Pedro, como vai? Do que se trata?

----- Original Message -----
Sent: Monday, March 26, 2012 8:37 PM
Subject: Cópia Ideológica - Professora Magali


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3

c) De Pedro Junqueira Para a Revista

          Caro Luiz,

                        Ainda aborrecido e magoado com a atitude irresponsável dessas duas criaturas! Simplesmente não conheço nem o autor nem os tais documentos “neodidáticos”. Deles, nem falar ouvi. Quanto ao nosso trabalho, antes de enviá-lo para publicação, posso garantir que o deixamos amadurecer por mais de três anos. Quanto aos créditos, merecidos, e devidos, e que não foram poucos,  estão todos registrados no corpo da obra.
                        Por outro lado, nada impede que outros tenham a mesma ideia e defendam a mesma tese. É como diz um desembargador federal aposentado,  colega de escritório, que mantemos juntos: “Nada impede que o índio invente ou descubra a roda, que ainda não componha o seu mundo vivencial”.
                        Conforme se vê do texto agressivo, a metralhadora giratória está mais concentrada na revista. Estão agredindo diretamente, até com citação,  o texto de chamada, que eles o tem como plágio.
                        Luiz, em que pese o ônus da prova ser de quem alega (pela quase impossibilidade da prova negativa), para melhor posicionamento, seria bom que o profícuo professor nos enviasse um exemplar de seu texto, lembrando-o, e à aluna de Neopedagofia, por oportuno,   que os atos praticados contra a honra poderão ensejar a competente ação de reparação de danos.

                        Luiz, agradeço por manter-me informado. Um fraterno abraço.

d) Da Revista para Pedro Junqueira

Pedro, concordo com você. Me pareceu estranha a defesa do professor - a ideia pode ser compartilhada até por gramáticos antigos, é preciso pesquisar. Eu disse a ele que a revista está aberta à publicação de uma carta para a seção de leitores, ao que caberia resposta sua, evidentemente.
Um abraço
Luiz
----- Original Message -----
Sent: Wednesday, March 28, 2012 4:19 PM
Subject: RES: Cópia Ideológica - Professora Magali


4


e) De Pedro Junqueira para o Prof. Dequi


Professor Dequi

                                   Acabo de receber suas obras, em número de seis. Agradeço pela remessa.
                                   Como a sintaxe me é mais cativante, comecei por ela. Detive-me no período composto por subordinação. Teríamos a mesma visão de oração principal se eu, há muito tempo, na esteira de Texier (apud Oiticica/1958*), não tivesse abandonado a denominação, com todos os seus reflexos.
                                   Interessante, e até preocupante, é a nossa sintonia na maneira de ver os fatos da língua. Há muito já havia notado que a subordinada, em linhas gerais, não determina outra oração, mas apenas termo ou função dela.
                                   Teríamos muito que discutir.
                                   Por oportuno, não recebi a “Neopedagogia da Gramática”, onde estão as dezoito teses, dentre elas a que provocou o “tsuname”. Gostaria de recebê-la.
                                   Atenciosamente

  • Oiticica – José. Manual de Análise. Francisco Alves. Rio. 1958



5


10.04.2012
Professor Pedro,

Solicito o seu endereço para que possa enviar algumas obras do prof. Dequi.

Obrigada desde já,

Aline Paim.


6

e) Do Prof. Dequi para Pedro Junqueira


Retorno do prof. Dequi –

Prof. Pedro Junqueira Bernardes

Recebi seu e-mail que trata da oração subjetiva: minha versão e a sua. Seu caso não é o único. Outros autores, em outros conteúdos, foram mais explícitos. Com estes, eu busquei explicações por vias oficiais e por meio de procuradores especializados. Mas, para o presente caso, preferi o diálogo direto. Não buscamos ressarcimentos, mas apenas o reconhecimento de ser citados quando servimos de inspiração. Se for o caso, evidente.

      A pós-graduanda Magali de Albuquerque Kruger Petrak realizou o seu trabalho de conclusão do curso apenas com o objetivo interno de cumprir um requisito curricular para a conclusão de sua especialização. Para tal tarefa, teve dois orientadores que não viram maiores problemas no seu trabalho.
      Ao ler o texto de Magali, percebi colocações, SMJ, semelhantes às do projeto do CES. Pessoalmente, solicitei à pós-graduanda que me permitisse enviar ao autor do artigo “A oração invisível” o resumo, um fragmento interno e a conclusão de seu trabalho. Ela vacilou, mas, no fim, não viu problemas e concedeu a autorização.
      Diante disso, sinto-me responsável por passar conteúdos do trabalho em foco para fora da nossa instituição. Assim, para livrar a professora Magali de preocupações, talvez, terei de assumir a responsabilidade das suas colocações que, SMJ, me parecem fundamentadas, razão por que as remeti.
      Estou tentando atender seu pedido de enviar-lhe o trabalho completo da pós-graduanda. Prometi a ela assinar responsabilidade sobre o que pode acontecer. Mas, antes disso, como se trata de assunto sério, uma equipe da nossa instituição, está fazendo uma rápida análise sobre os fundamentos das colocações da autora do TCC.
Para o possível envio do trabalho completo, solicito que aguarde alguns dias, pois, no meu entendimento, essa autorização precisa ser formalizada. 
 Penso que, para evitar constrangimentos entre pessoas cultas, seja possível ajustar ou deixar claro, pois a revista Língua Portuguesa se colocou à disposição para eventuais esclarecimentos. O bom seria aguardar. Após a Páscoa voltarei a dar notícias.
Retribuo os votos de Feliz Páscoa.


7 – última do prof. Dequi

f)  Do Prof. Dequi para Pedro Junqueira


Ilustre professor Pedro Junqueira Bernardes

Seu último e-mail traz a marca de sua cortesia que merece todo o meu respeito. Ao mesmo tempo em que agradeço as menções elogiosas, informo-lhe que não sou tudo aquilo que o colega diz. O bom é que vamos nos entender e, quem sabe, pesquisar juntos. Por enquanto, preocupa-me a situação da pós-graduanda que não tinha intenção de magoar ninguém. Disse-me que se baseou na Tese 9 e na 13 da Neopedagogia da Gramática nas quais se veem claramente os focos aventados. Disse também que utilizou o mesmo vigor e contundência que foram utilizados em outras sustentações e defesas levantadas por outros colegas e pesquisadores que se inspiraram nas pesquisas do CES.
Para se justificar ela solicita que se leiam as teses mencionadas, no blog que publica as 18 teses  (www.portuguespelaneopedagogia.blogspot.com). Como faz tempo que não as visito, ontem fui revê-las. Por incrível que pareça elas mostram muita semelhança.

Como colega e já amigo, convido-o a analisar as mencionadas teses no citado blog. Quanto à remessa da íntegra do trabalho da pós-graduanda, não temos ainda o consentimento formal dela. Vamos aguardar.

Professor, eu vi também pontos positivos nos acontecimentos que provocaram nosso encontro. Veja: na gravação das 18 teses aparece em manchete animada “PARA DEBATE NACIONAL”. Por incrível que pareça, isso está acontecendo entre nós. Quem sabe, nos trabalhos que o colega pretende publicar, certamente aparecerão ideias que venham a enriquecer o nosso ensino de Português. Sobre a preposição da qual anunciou publicar um estudo, temos proposto um conceito diferente do tradicional. Está na tese 10 da Neopedagogia da Gramática. Se esse conceito o ajudar, utilize-o à vontade. Seu conceito de “introdutor de determinantes”, lançado por mim em 1976, está sendo utilizado em muitas obras, principalmente em livros escolares. Que bom! Lamento que poucos citam a verdadeira fonte – aquela que viu e publicou por primeiro esse novo enfoque.

Dentro de poucos dias, após serenarem as tempestades (não as vejo assim), lhe enviarei gratuitamente as minhas obras básicas (Carta Magna da Língua Portuguesa, Sintagramática, Redação por recomposição, Verbo Diagramado, Interpretação Objetiva e Fono-orto-morfo). A última traz a Acentuação Objetiva que ensejou muitas adesões entre estudiosos.     

Prof. Francisco Dequi

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g) De Pedro Junqueira para o Prof. Dequi

Por favor especial da Sr.ta       Aline           
Prezado prof. Dequi,

                        Com muita honra para mim, verifiquei que continuamos navegando juntos. Agora sobre as chamadas conjunções subordinativas.
                        Não poderia ser de outro modo. O enfrentamento daqueles conectivos é um corolário natural do apagamento da subordinada subjetiva.
                        Em 2010, refleti sobre aqueles malsinados conectivos, ditos subordinativos.
                        Recebendo agora sua excelente obra e detendo-me na tese 9 (nove) da “Neopedagogia da Gramática”, pude constatar que, excetuando  alguns passos da argumentação,  defendemos a mesma tese.
                        Pediria, encarecidamente, que o caro professor desse uma olhada nos meus rabiscos, que seguem anexos, e pronunciasse a respeito, desde que não lhe seja muito penoso.
                        Naturalmente que, se levados à publicação, serão eles enriquecidos com a referência ao seu valioso estudo a respeito, como se fez com relação aos Professores Soares de Melo  e  Evanildo Bechara.


 9

h)  Do Prof. Dequi para Pedro Junqueira

Colega professor Pedro Junqueira Bernardes 
Humildemente quero lhe pedir sinceras desculpas. Abandonei, por longos meses, o acompanhamento das mensagens que me são enviadas pela internet. Minha secretária Aline Paim que tinha a autorização para acompanhar as mensagens ficou mamãe, recebeu a licença maternidade e, na hora de voltar ao trabalho, pediu demissão. Preferiu entregar-se totalmente aos cuidados do seu pequeno herdeiro.
Ao incumbir o funcionário Alceu da mesma função, ele me mostrou seu e-mail que, embora antigo, não foi lido nem respondido por mim. Lastimei, mas aqui estou para lhe pedir as escusas. Parece desculpa esfarrapada, mas aconteceu. Até o meu blog ficou parado neste período. Nos últimos meses, me envolvi com a construção de mais um bloco da minha escola, revisei algumas das minhas obras visando à adaptação à nova ortografia a fim de reimprimi-las adaptadas. Além disso, organizei uma tese de 320 páginas para tentar a sua defesa via “notório saber”, buscando por aí o título de doutor, muito importante para a minha instituição.
A verdade é que falhei junto com o nobre colega e hoje quero me manifestar. Deixo claro que não sou muito versado no uso da internet. Por isso, por enquanto, ainda sou um dependente em lidar com esse tipo de correspondência.
Colega Pedro Junqueira, recebi sua mensagem datada ainda em 7 de junho. (Que vergonha!). Por ela, o colega acusa o recebimento das minhas obras. Embora o senhor as elogie, vejo nelas defeitos. Por isso, sua leitura e apreciação se tornam importantes. Sua modéstia tratou seu escrito como “rabiscos”. Quero deixar claro que o senhor escreve muito bem e tem conhecimento de causa. Seu tratado sobre os conectivos é inteligente, claro e bem fundamentado. Deve ser publicado para que outrem perceba essa lógica de ver a necessidade de ajustes gramaticais no nosso ensino. Fico agradecido pela referência feita à minha versão.
Professor Pedro, há muitos outros conteúdos ligados à Neopedagogia da Gramática que vêm despertando pronunciamentos positivos por parte de estudiosos da nossa gramática. Estou revisando, ampliando e reeditando. Como ainda não tenho auxiliares capazes de analisar com profundidade, sinto-me sobrecarregado. Mas vou levando...
Reitero minhas escusas e abro o meu coração para um saudável intercâmbio entre nós.
Prof. Dequi



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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Giovanni - étimo

                                SOBRE O ÉTIMO DE GIOVANNI

O nome GIOVANNI é italiano. Em português tem assumido a forma GIOVANE e até JIOVANE - talvez por influência de sua grafia em outras línguas, irmãs ou não irmãs.

                                   GIOVANNI é de origem hebraica: IEHOHANAN, que se decompõe em duas raízes:

                                   a) IEHO =  JAVÉ, e
b)  HANAN = GRAÇA.

                                   Significa, pois, JAVÉ É CHEIO DE GRAÇA.

                                   São seus correspondentes, em algumas línguas:

                                   Português:   JOÃO
                                   Grego:         IOANNES                               
                                   Latim:          JOHANNES
                                   Espanhol:     JUAN
                                   Francês:       JEAN
                                   Inglês:          JOHN
                                   Alemão:       JOHANN
                                   Húngaro:     JÁNOS
                                   Russo:         IWAN
                                   Checo:        JAN

                                   Da mesma maneira que temos JOANA, feminino de JOÃO, pelo grego IOANNA, espanhol JUANA (não confundir com RUANA, do latim “rubeus”, ruiva), inglês JOAN, francês JEANNE  poderemos ter GIOVANA, GEOVANA, ou até JIOVANA ou GEOVANA.

Curiosidade: De JOÃO, ou do italiano GIOVANNI, temos os elementos hebraicos
                                   IEHO + HANAN que, invertidos deram o nome

                                               ANANIAS (Graça de Javé).

                                   Pedro Junqueira Bernardes

 SOBRE O ÉTIMO DE GIOVANNI

O nome GIOVANNI é italiano. Em português tem assumido a forma GIOVANE e até JIOVANE - talvez por influência de sua grafia em outras línguas, irmãs ou não irmãs.

                                   GIOVANNI é de origem hebraica: IEHOHANAN, que se decompõe em duas raízes:

                                   a) IEHO =  JAVÉ, e
b)  HANAN = GRAÇA.

                                   Significa, pois, JAVÉ É CHEIO DE GRAÇA.

                                   São seus correspondentes, em algumas línguas:

                                   Português:   JOÃO
                                   Grego:         IOANNES                               
                                   Latim:          JOHANNES
                                   Espanhol:     JUAN
                                   Francês:       JEAN
                                   Inglês:          JOHN
                                   Alemão:       JOHANN
                                   Húngaro:     JÁNOS
                                   Russo:         IWAN
                                   Checo:        JAN

                                   Da mesma maneira que temos JOANA, feminino de JOÃO, pelo grego IOANNA, espanhol JUANA (não confundir com RUANA, do latim “rubeus”, ruiva), inglês JOAN, francês JEANNE  poderemos ter GIOVANA, GEOVANA, ou até JIOVANA ou GEOVANA.

Curiosidade: De JOÃO, ou do italiano GIOVANNI, temos os elementos hebraicos
                                   IEHO + HANAN que, invertidos deram o nome

                                               ANANIAS (Graça de Javé).

                                   Pedro Junqueira Bernardes

sábado, 9 de agosto de 2014

INTERTEXTUALIDADE



PRESSUPOSTOS – o conhecimento do texto.

Noção de texto  - Ingedore et alii

I

a) O berço da intertextualidade é a Teoria Literária – primórdios: década de 60
b) Cada texto é constituído de intertexto “numa sucessão de textos já escritos ou
    que ainda serão escritos. Kristeva – apud ingedore.
c) a intertextualidade entre na composição do objeto da Lingüística Textual
d) Assim um texto está sempre  em diálogo com outro texto. É o postulado dialógico de
    Bakhtin – do texto fazem parte outros textos que lhe deram origem. É o contexto.
7e) A intertextualidade em sentido amplo é o dialogismo intertextual. Um texto está    
    sempre em contato com outro texto. Não há texto. Há contexto – “nihil novi sub soli” – já dizia Salomão

II

a) Conforme Ing, o conceito de texto passou por várias transformações, conforme as
     perspectivas de cada momento.
b) Década de 60 – Não se fazia distinção clara entre coesão e coerência.

                                               PRESSUPOSTOS DA INTERTEXTUALIDADE

a) Conceito de intertextualidade;

b) pressuposto da intertextualidade – o texto e o discurso.

c) pressupostos do texto: codificação + enunciação ou ato ilocucional

d) requisitos do discurso: decodificação + repertório (conhecimento do mundo)

d) conceito de texto – é o produto da enunciação, ou codificação com enunciação
                                    manifesta ou  velada.

e) a intertextualidade velada e manifesta: a enunciação manifesta ou velada é que vai
                                               produzir a intertextualidade clara ou  latente 

f) a importância do repertório.


1 - O QUE É INTERTEXTUALIDADE?

                                               Tem-se definido a intertextualidade com sendo o diálogo de um texto com outro texto. É o dialogismo. Mikhail Bakhtin define como sendo  o processo de interação entre textos. Ineração, ação entre,  Textos agindo entre si.

                                               Não me parece boa a definição. Ora, um texto não dialoga com outro texto. Não age nem reage um em face do outro. O que acontece é que os textos, em convívio, formam uma trama textual, resultando num tecido, que nada mais é que um contexto, ou seja, texto mais texto, ou,  melhor ainda, texto com texto. O resultado é o CONtexto.

                                               Ressaltando a trama, a urdidura ou o urdume do tecido textual, pode-se, em vez de COM, que aparece em CONtexto, optar pelo prefixo INTER,  com o sentido fundamental de ENTRE, NO MEIO DE, e teremos o INTERtexto, cuja resultante é a INTERtextualidade.

                                               Melhor seria dizer que a intertextualidade é a presença ou a revelação, ainda que tênue,  de elementos de um texto em outro texto, isto é,  a trama intertextual – a trama urdida entre textos.  A intertextualidade implica, pois, na identificação ou  no reconhecimento de remissões ou referências,   explícitas ou implícitas, num texto,  a obras ou trechos de obras constitutivas de outro texto. Como já se disse acima e não é demais repetir, m A própria palavra intertextualidade diz tudo – relação entre (inter) textos.
                                               Resumindo: A intertextualidade é texto mais texto, ou texto entre texto,  formando uma trama textual.

                                               Com maior economia  fabular:
                                  
                                   intertextualidade é a interação velada ou                                         revelada  entre textos.

2) – TEXTO E DISCURSO

                                      Impossível discorrer sobre contexto, textualidade ou intertextualidade, sem noções básicas e claras do que seja texto, discurso e repertório.

                                                Ora, o texto, como componente da intertextualidade, como seu pressuposto, é sua matéria prima – a textualidade se compõe de texto.

                                               O que é  texto? É a pergunta que se faz.

                                               Em princípio, todos sabem que o étimo da  palavra texto é o latim textum, que significa tecido, entrelaçamento.  O texto resulta de um trabalho de tecer, de entrelaçar os fios, cujo resultado é o tecido.  Esse é sentido etimológico. Interessa-nos, contudo, aqui, não apenas o sentido lingüístico-diacrônico, mas o sentido linguístico-literário.


                                               Tem-se definido texto das mais diversas maneiras:

                                               Fávero e Villaça Koch concluem que é lícito tomar o termo texto em  dois sentidos: um lato e o outro restrito.
                                               “Texto, em sentido lato, designa toda e qualquer manifestação da capacidade textual(sic)1 do ser humano.”  Fávero et al.2
                                                              

                                               E aí se incluem as manifestações verbais, musicais, pictóricas; a dança, a escultura; enfim.toda manifestação especificamente comunicativa ou etimologicamente comunicativa, i.é, que ativa universos interiores   comuns:                                                               COMUNicar.

                                               As autoras, antes de conceituar  texto, no sentido estrito, amarram-no ao discurso:  “Em se tratando da linguagem verbal, temos o discurso, atividade linguística de um falante, numa situação de comunicação dada, englobando o conjunto de enunciados produzidos pelo locutor (ou por este e seu interlocutor, no caso do diálogo) e o evento de sua enunciação. O discurso é manifestado, linguisticamente, por meio de textos (em sentido estrito).”1    Segue-se e conceito de texto:

                                               “Neste sentido, o texto consiste em  qualquer passagem.falada ou escrita, que forma um todo significativo, independente de sua extensão. Trata-se de uma unidade de sentido...”1

                                               O destaque dos dois parágrafos supra é nosso.

                                               Ressalte-se que o  intertexto, que compõe a intertextualidade, pode não formar, isoladamente, um todo significativo, como pode também não se tratar, por si só, de uma unidade significativa.  Esse todo significativo, ou essa unidade de significação, será alcançada no contexto em que o intertexto está inserido.

                                               De se notar que a  amplitude da noção de texto tem levado os autores mais preocupados com o rigor de expressão a traçar os contornos dentro dos quais    será tomado o sentido da palavra texto. Assim, Travaglia e Villaça Koch, em Coerência Textual, pág. 8 da nota introdutória:
                                               “Finalizando, gostaríamos de deixar claro o sentido com que estaremos empregando o termo texto.” E expõem:
                                               “Texto será entendido como uma unidade linguística concreta (perceptível pela visão ou audição), que é tomada pelos usuários da língua (falante, escritor/ouvinte, leitor), em uma situação de interação comunicativa reconhecível e reconhecida, independentemente de sua extensão.”2

                                                               O intertexto que compõe a intertextualidade pode não se revelar como uma “unidade linguística”. Pode ser um fragmento que irá compor a unidade maior – o contexto.
                                              


                                              

                                              

Texto é, então, uma sequência verbal (palavras), oral ou escrita, que forma um todo que tem sentido para um determinado grupo de pessoas em uma determinada situação.

1 Não é boa técnica inserir na definição o termo definido: texto/textualidade
2. Linguuística Textual: Introdução.
   Fávero – Leonor Lopes e Villaça Koch – Ingedore  G. - Cortez. São Paulo. 1983.
   Pág.   25.
3. A Coerência Textual.
    Ingedore Villaça Koch e Luiz Carlos Travaglia.Contexto, 2008




A intertextualidade latente

Espécies de intertextualidade


quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

A vocalização e a nasalação no português coloquial já ocorrente no latim vulgar

Vocalização, nasalação, português coloquial, latim vulgar



a) A PERMUTA

    Entre os metaplasmos por permuta, estão a vocalização e a nasalação.
    Vamos iniciar por elas.

1. Vocalização –Conversão de consoante em vogal.


1.1 – Do latim ao português

                             

                            Em latim ela se dava  especialmente em certos encontros consonantais. Sirvam de exemplos:

                            FACTU (CT)         -  FAITO        -           FEITO           
                            ALTERU(LT)       -  AUTRO      -           OUTRO
                            FALCE(LC)          - FAUCE        -           FOUCE (FOICE)
                            PALPARE(LP)     - PAUPAR     -           POUPAR
                            REGNU(GN)        - REINO         -           REINO

1.2 – Fase atual

                            principal/principau
                            sal/sau
                            anil/aniu
                            anel/anéu

                            anzol/anzóu