A
TESE 09 DA NEOPEDAGOGIA DA GRAMÁTICA
DO PROF. FRANCISCO
DEQUI
Defendemos,
o ilustre Prof. Francisco Dequi e este subscritor, a mesma tese: A oração
subjetiva não é subordinada. O caminho trilhado, contudo, não é o mesmo.
Tese:
A oração subjetiva jamais será
oração subordinada.
Argumento: “Se é verdade que o nome sujeito e a própria
oração nominal subjetiva é termo
determinado e jamais determinante, essa oração dita ‘subordinada subjetiva’,(sic, vírgula) de forma alguma será
subordinada”.
Quanto ao mérito,
irretocáveis a tese e o argumento. Faltou apenas incluir o pronome sujeito e
substituir “termo determinado” por
função determinada, vez que a oração sujeito nem sempre é constituída de um
único termo. Normal é ser constituída por mais de um termo. Questão, contudo,
de somenos importância.
Passemos agora à comprovação
do argumento.
O Professor, com muita
propriedade e revelando-se verdadeiro artista na aplicação do processo
didático, para comprovar seu argumento e validar a tese, vale-se da oração
“Carlos comprou remédios nesta semana”
Usando o que ele chama código
numérico, enumera os termos da oração.
Assim
1 2 3 5 4
“Carlos comprou remédios nesta
semana”
O sujeito recebeu o número 1;
o verbo, o número 2: o objeto direto, o número 3; o núcleo do adjunto adverbial, o número 4 e o
termo denominado periférico, o adjunto adnominal do adjunto adverbial, o número
5.
Vale-se de setas, a que dá o
nome de sintagramas.
Otoniel Motta, saudoso
professor e gramático de Campinas, usava o processo chamando-o de diagrama. Isaac Nicolau Salum, também
adepto do consagrado recurso, o especificava como garfos, na análise de textos.
Nessa disposição, dá início à
análise, à luz do sintagma, e leciona que:
a) O verbo (comprou)
determina o sujeito (Carlos). A seta do sintagrama mostra que 2
(verbo) determina l (sujeito);
b) o objeto direto (remédios) determina o verbo
(comprou). A seta do sintagrama
mostra que 3 (remédios) determina 2
(verbo);
c) o núcleo do adjunto
adverbial (semana) também determina o verbo
(comprou), embora a seta do sintagrama informe que ele (núcleo)
determina
apenas o objeto (remédio). Simples falha do sintagrama. Retificada a lição, e
não o sintagrama, aponta que 4 (semana) determina 2 (verbo).
CRÍTICA
1)
Sabemos que
a)
sujeito é o termo do qual se diz algo
(no predicado);
b) predicado é o que se diz do sujeito.
Em sendo assim, o que se diz do sujeito Carlos
não é apenas
que ele comprou, mas que ele comprou
remédios nesta
semana.
Este é o predicado. É isto o que se diz
do sujeito. O predicado
e não o verbo é que é o determinante do
sujeito. Sempre e só o
predicado, quer se trate de verbo transitivo ou de verbo
intransitivo. Segundo o autor, o determinante
do sujeito é só
verbo, e não o predicado inteiro.
2) Passemos agora ao determinante
do núcleo do predicado.
Segundo o autor,
determinante do verbo. Ora verbo está no
plano morfológico, no plano
sintático trata-se da função, e a
função do verbo é a de
predicado ou de núcleo do predicado.
3)
A seta do sintagrama mostra que o determinante do núcleo do predicado,
que o ilustre professor trata como
verbo, é apenas o objeto direto (remédios). Esta falha consta apenas no
sintagrama, no texto o mestre diz que semana também determina o núcleo do
predicado (verbo, no texto). Deixa, contudo de fora o determinante de semana, o pronome demonstrativo esta,
em elisão com a preposição em.
Esqueceu ele que a noção de tempo não está no substantivo semana; está
principalmente na preposição em mais o demonstrativo elidido que,
juntamente, com o substantivo se converte num advérbio.
A
TESE 09 DA NEOPEDAGOGIA DA GRAMÁTICA
DO PROF. FRANCISCO
DEQUI
Defendemos,
o ilustre Prof. Francisco Dequi e este subscritor, a mesma tese: A oração
subjetiva não é subordinada. O caminho trilhado, contudo, não é o mesmo.
Tese:
A oração subjetiva jamais será
oração subordinada.
Argumento: “Se é verdade que o nome sujeito e a própria
oração nominal subjetiva é termo
determinado e jamais determinante, essa oração dita ‘subordinada subjetiva’,(sic, vírgula) de forma alguma será
subordinada”.
Quanto ao mérito,
irretocáveis a tese e o argumento. Faltou apenas incluir o pronome sujeito e
substituir “termo determinado” por
função determinada, vez que a oração sujeito nem sempre é constituída de um
único termo. Normal é ser constituída por mais de um termo. Questão, contudo,
de somenos importância.
Passemos agora à comprovação
do argumento.
O Professor, com muita
propriedade e revelando-se verdadeiro artista na aplicação do processo
didático, para comprovar seu argumento e validar a tese, vale-se da oração
“Carlos comprou remédios nesta semana”
Usando o que ele chama código
numérico, enumera os termos da oração.
Assim
1 2 3 5 4
“Carlos comprou remédios nesta
semana”
O sujeito recebeu o número 1;
o verbo, o número 2: o objeto direto, o número 3; o núcleo do adjunto adverbial, o número 4 e o
termo denominado periférico, o adjunto adnominal do adjunto adverbial, o número
5.
Vale-se de setas, a que dá o
nome de sintagramas.
Otoniel Motta, saudoso
professor e gramático de Campinas, usava o processo chamando-o de diagrama. Isaac Nicolau Salum, também
adepto do consagrado recurso, o especificava como garfos, na análise de textos.
Nessa disposição, dá início à
análise, à luz do sintagma, e leciona que:
a) O verbo (comprou)
determina o sujeito (Carlos). A seta do sintagrama mostra que 2
(verbo) determina l (sujeito);
b) o objeto direto (remédios) determina o verbo
(comprou). A seta do sintagrama
mostra que 3 (remédios) determina 2
(verbo);
c) o núcleo do adjunto
adverbial (semana) também determina o verbo
(comprou), embora a seta do sintagrama informe que ele (núcleo)
determina
apenas o objeto (remédio). Simples falha do sintagrama. Retificada a lição, e
não o sintagrama, aponta que 4 (semana) determina 2 (verbo).
CRÍTICA
1)
Sabemos que
a)
sujeito é o termo do qual se diz algo
(no predicado);
b) predicado é o que se diz do sujeito.
Em sendo assim, o que se diz do sujeito Carlos
não é apenas
que ele comprou, mas que ele comprou
remédios nesta
semana.
Este é o predicado. É isto o que se diz
do sujeito. O predicado
e não o verbo é que é o determinante do
sujeito. Sempre e só o
predicado, quer se trate de verbo transitivo ou de verbo
intransitivo. Segundo o autor, o determinante
do sujeito é só
verbo, e não o predicado inteiro.
2) Passemos agora ao determinante
do núcleo do predicado.
Segundo o autor,
determinante do verbo. Ora verbo está no
plano morfológico, no plano
sintático trata-se da função, e a
função do verbo é a de
predicado ou de núcleo do predicado.
3)
A seta do sintagrama mostra que o determinante do núcleo do predicado,
que o ilustre professor trata como
verbo, é apenas o objeto direto (remédios). Esta falha consta apenas no
sintagrama, no texto o mestre diz que semana também determina o núcleo do
predicado (verbo, no texto). Deixa, contudo de fora o determinante de semana, o pronome demonstrativo esta,
em elisão com a preposição em.
Esqueceu ele que a noção de tempo não está no substantivo semana; está
principalmente na preposição em mais o demonstrativo elidido que,
juntamente, com o substantivo se converte num advérbio.
DA DISSENÇÃO NASCEU BELA AMIZA ENTRE FRANCISCO DEQUI E
PEDRO JUNQUEIRA.
Ver abaixo a troca de correspondência
1
Enviada em: terça-feira, 27 de março de 2012 10:11
Para: Pedro Junqueira Bernardes
Assunto: Fw: Cópia Ideológica - Professora Magali
Para: Pedro Junqueira Bernardes
Assunto: Fw: Cópia Ideológica - Professora Magali
Pedro, como vai? Do que se trata?
-----
Original Message -----
Sent: Monday,
March 26, 2012 8:37 PM
Subject: Cópia Ideológica - Professora Magali
a) Do Prof. Dequi para a Revista
Ilmo. Senhor:
Luiz
Costa Pereira Junior
DD.
Editor da Revista Língua Portuguesa
Editora
Segmento, Rua Cunha Gago, 412 – 1º. Andar
CEP:
05421-001 – São Paulo (SP)
Ilmo.
Senhor:
Chegou às minhas mãos um trabalho de conclusão de Magali de Albuquerque Petrak,
aluna concluinte do Curso de Pós-graduação em Neopedagogia da Gramática, em
pleno funcionamento na FATIPUC, situada na cidade de Canoas RS. O TCC da aluna
me deixou preocupado, pois versou sobre “Cópia Ideolólgica”. Suas colocações
parecem mostrar, com clareza, que uma das 18 Teses da obra Neopedagogia da
Gramática, de minha autoria, tenha sido alvo de contrafacção que ela intitula como
cópia ideológica. Neste momento, gostaria de não tecer qualquer comentário
sobre esse trabalho que ainda está em âmbito interno. Passo-lhe o resumo que o
encabeça, um tópico intermediário e a sua conclusão sucinta, a fim de que o
editor possa verificar as colocações da aluna e nos dizer algo sobre o fato.
Embora a revista, na página 4, estampe a sua ressalva, sabe-se que se tornou o
canal da publicação sobre a qual se levanta o “plágio ideológico”. Temos
ciência de que existe a responsabilidade solidária da revista, podendo a
editora, caso haja eventual demanda, promover ação regressiva. Aguardamos sua
manifestação sobre o fato.
A
seguir, anexamos os mencionados fragmentos:
Prof. Francisco Dequi
RESUMO
Pretende-se,
com este trabalho, mostrar que o projeto e as teses neopedagógicas do professor
Francisco Dequi estão sendo alvo de cópia ideológica por parte de alguns
pesquisadores, pois, apesar de os conteúdos estarem amplamente divulgados,
esses estudiosos não mencionam a verdadeira fonte dos conteúdos como deveriam
fazer por ética e por força de lei. Para comprovar esse possível plágio,
apresentaremos rápido histórico do Movimento Neodidático da Língua Portuguesa
levado a efeito pelo Centro de Estudos Sintagramaticais, órgão de pesquisas do
FATIPUC. Citaremos as teorias apontando as obras e as tese bem como os
fragmentos delas extraídos, confrontando o conteúdo versado por ambas as
partes. O núcleo da tese, objeto da diatribe pode ser resumido por estas
palavras: ”A oração subjetiva jamais será subordinada como está exposta pelos
gramáticos tradicionais”. Diante da farta comprovação que se arrecadou,
chegamos à conclusão de que houve plágio ideológico.
TESE
BÁSICA COPIADA
O
professor de Passos copia e endossa a tese do CES que assim se resume:
“É
absurdo afirmar-se que a oração substantiva subjetiva é subordinada”. Já no
cabeçalho da “A oração invisível” aparece o texto do jornalista da revista
Língua Portuguesa: “Pesquisador defende que a oração subjetiva não é
subordinada e mesmo gramáticos de ponta desprezariam uma importante distinção”.
A
assertiva e os argumentos que o articulista arrola são buscados da Carta Magna
da Língua portuguesa, da Sintagramática e da Tese 9 da Neopedagogia da
Gramática. As três obras de autoria do prof. Francisco Dequi tiveram ampla
publicidade e foram produzidas em diversas edições, bem como foram devidamente
registradas no Biblioteca Nacional. Portanto essas teorias tiveram grande
publicidade por meio de muita divulgação. Impossível alegar desconhecimento
delas. Há, no artigo da revista Língua Portuguesa, diversos toques feitos por
Pedro Junqueira Bernardes os quais comprovam que as páginas da neodidática
foram palmilhadas pelo professor mineiro. Passemos a localizar esses pontos
básicos que se inspiraram nas obras do Centro de Estudos Sintagramaticais.
DOCUMENTOS
NEODIDÁTICOS CONSULTADOS
1.
Carta Magna da
Língua Portuguesa
2.
SINTAGRAMÁTICA
– Identificação de determinantes e determinados
3.
Neopedagogia da
Gramática
CONCLUSÃO
Creio que minha demonstração acompanhada de transcrição de textos ligados ao
foco visado, extraídos das obras do prof. Francisco Dequi sejam suficientes
para comprovar que houve cópia ideológica. Se o plágio real exige cópia literal
de textos maiores, este tipo de contrafacção não se configura. Entretanto a
“cópia ideológica” ficou comprovada.
Outras justificativas, outros argumentos, outras ilustrações poderiam ser
arrolados como razões para as reclamações dos pesquisadores do Centro de
Estudos Sintagramaticais e denunciar com mais veemência esse procedimento
aético e ilegal. Entretanto, fico nesse esboço neste trabalho.
Assim,
concluímos que o autor da “Oração invisível” objeto deste trabalho, realmente
copiou o conteúdo central da Tese 9 da Neopedagogia de Gramática. Tangenciou
também outros pontos das obras do CES inserindo-os no seu artigo “Oração
invisível” publicado na revista Língua Portuguesa número 50, de dezembro de
2009. Não há qualquer dúvida sobre essa cópia ideológica, pois a argumentação,
a nomenclatura, a estrutura das elucidações bem como muitas expressões são
coincidentes demais e confirmam minha visão de plágio ideológico.
2
b) Da Revista para Pedro Junqueira
De: luizcosta@editorasegmento.com.br
[mailto:luizcosta@editorasegmento.com.br]
Enviada em: terça-feira, 27 de março de 2012 10:11
Para: Pedro Junqueira Bernardes
Assunto: Fw: Cópia Ideológica - Professora Magali
Enviada em: terça-feira, 27 de março de 2012 10:11
Para: Pedro Junqueira Bernardes
Assunto: Fw: Cópia Ideológica - Professora Magali
Pedro, como vai? Do que se trata?
-----
Original Message -----
Sent:
Monday, March 26, 2012 8:37 PM
Subject: Cópia Ideológica - Professora Magali
Nenhum vírus encontrado nessa mensagem.
Verificado por AVG - www.avgbrasil.com.br
Versão: 2012.0.2221 / Banco de dados de vírus: 2441/5367 - Data de Lançamento: 11/01/12
Verificado por AVG - www.avgbrasil.com.br
Versão: 2012.0.2221 / Banco de dados de vírus: 2441/5367 - Data de Lançamento: 11/01/12
3
c) De Pedro Junqueira Para a Revista
Caro
Luiz,
Ainda aborrecido e magoado com a atitude irresponsável dessas duas criaturas!
Simplesmente não conheço nem o autor nem os tais documentos “neodidáticos”.
Deles, nem falar ouvi. Quanto ao nosso trabalho, antes de enviá-lo para
publicação, posso garantir que o deixamos amadurecer por mais de três anos.
Quanto aos créditos, merecidos, e devidos, e que não foram poucos, estão
todos registrados no corpo da obra.
Por outro lado, nada impede que outros tenham a mesma ideia e defendam a mesma
tese. É como diz um desembargador federal aposentado, colega de
escritório, que mantemos juntos: “Nada impede que o índio invente ou descubra a
roda, que ainda não componha o seu mundo vivencial”.
Conforme se vê do texto agressivo, a metralhadora giratória está mais
concentrada na revista. Estão agredindo diretamente, até com citação, o
texto de chamada, que eles o tem como plágio.
Luiz, em que pese o ônus da prova ser de quem alega (pela quase impossibilidade
da prova negativa), para melhor posicionamento, seria bom que o profícuo professor
nos enviasse um exemplar de seu texto, lembrando-o, e à aluna de Neopedagofia,
por oportuno, que os atos praticados contra a honra poderão ensejar
a competente ação de reparação de danos.
Luiz, agradeço por manter-me informado. Um fraterno abraço.
d) Da Revista para Pedro Junqueira
Pedro, concordo com você. Me pareceu estranha a defesa do
professor - a ideia pode ser compartilhada até por gramáticos antigos, é
preciso pesquisar. Eu disse a ele que a revista está aberta à publicação de uma
carta para a seção de leitores, ao que caberia resposta sua, evidentemente.
Um abraço
Luiz
----- Original Message -----
Sent:
Wednesday, March 28, 2012 4:19 PM
Subject:
RES: Cópia Ideológica - Professora Magali
4
e) De Pedro Junqueira para o Prof. Dequi
Professor Dequi
Acabo de receber suas obras, em número de seis. Agradeço pela remessa.
Como a sintaxe me é mais cativante, comecei por ela. Detive-me no período
composto por subordinação. Teríamos a mesma visão de oração principal se eu, há
muito tempo, na esteira de Texier (apud Oiticica/1958*), não tivesse abandonado
a denominação, com todos os seus reflexos.
Interessante, e até preocupante, é a nossa sintonia na maneira de ver os fatos
da língua. Há muito já havia notado que a subordinada, em linhas gerais, não determina outra oração, mas apenas termo ou
função dela.
Teríamos muito que discutir.
Por oportuno, não recebi a “Neopedagogia da Gramática”, onde estão as dezoito
teses, dentre elas a que provocou o “tsuname”. Gostaria de recebê-la.
Atenciosamente
- Oiticica – José. Manual de Análise. Francisco Alves. Rio. 1958
5
10.04.2012
Professor Pedro,
Solicito o seu endereço para que possa enviar algumas obras do prof. Dequi.
Obrigada desde já,
Aline Paim.
Solicito o seu endereço para que possa enviar algumas obras do prof. Dequi.
Obrigada desde já,
Aline Paim.
6
–
e) Do Prof. Dequi para Pedro Junqueira
Retorno do prof. Dequi –
Prof. Pedro Junqueira Bernardes
Recebi seu e-mail que trata da oração subjetiva: minha
versão e a sua. Seu caso não é o único. Outros autores, em outros conteúdos,
foram mais explícitos. Com estes, eu busquei explicações por vias oficiais e
por meio de procuradores especializados. Mas, para o presente caso, preferi o
diálogo direto. Não buscamos ressarcimentos, mas apenas o reconhecimento de ser
citados quando servimos de inspiração. Se for o caso, evidente.
A pós-graduanda Magali de
Albuquerque Kruger Petrak realizou o seu trabalho de conclusão do curso apenas
com o objetivo interno de cumprir um requisito curricular para a conclusão de
sua especialização. Para tal tarefa, teve dois orientadores que não viram
maiores problemas no seu trabalho.
Ao ler o texto de Magali,
percebi colocações, SMJ, semelhantes às do projeto do CES. Pessoalmente,
solicitei à pós-graduanda que me permitisse enviar ao autor do artigo “A oração
invisível” o resumo, um fragmento interno e a conclusão de seu trabalho. Ela
vacilou, mas, no fim, não viu problemas e concedeu a autorização.
Diante disso, sinto-me
responsável por passar conteúdos do trabalho em foco para fora da nossa instituição.
Assim, para livrar a professora Magali de preocupações, talvez, terei de
assumir a responsabilidade das suas colocações que, SMJ, me parecem
fundamentadas, razão por que as remeti.
Estou tentando atender seu
pedido de enviar-lhe o trabalho completo da pós-graduanda. Prometi a ela
assinar responsabilidade sobre o que pode acontecer. Mas, antes disso, como se
trata de assunto sério, uma equipe da nossa instituição, está fazendo uma
rápida análise sobre os fundamentos das colocações da autora do TCC.
Para o possível envio do trabalho completo, solicito que
aguarde alguns dias, pois, no meu entendimento, essa autorização precisa ser
formalizada.
Penso que, para evitar constrangimentos entre pessoas
cultas, seja possível ajustar ou deixar claro, pois a revista Língua Portuguesa
se colocou à disposição para eventuais esclarecimentos. O bom seria aguardar.
Após a Páscoa voltarei a dar notícias.
Retribuo os votos de Feliz Páscoa.
7
– última do prof. Dequi
f) Do Prof. Dequi
para Pedro Junqueira
Ilustre professor Pedro Junqueira Bernardes
Seu último e-mail traz a marca de sua cortesia que merece
todo o meu respeito. Ao mesmo tempo em que agradeço as menções elogiosas,
informo-lhe que não sou tudo aquilo que o colega diz. O bom é que vamos nos entender
e, quem sabe, pesquisar juntos. Por enquanto, preocupa-me a situação da
pós-graduanda que não tinha intenção de magoar ninguém. Disse-me que se baseou
na Tese 9 e na 13 da Neopedagogia da Gramática nas quais se veem claramente os
focos aventados. Disse também que utilizou o mesmo vigor e contundência que
foram utilizados em outras sustentações e defesas levantadas por outros colegas
e pesquisadores que se inspiraram nas pesquisas do CES.
Para se justificar ela solicita que se leiam as teses
mencionadas, no blog que publica as 18 teses
(www.portuguespelaneopedagogia.blogspot.com).
Como faz tempo que não as visito, ontem fui revê-las. Por incrível que pareça
elas mostram muita semelhança.
Como colega e já amigo, convido-o a analisar as mencionadas
teses no citado blog. Quanto à remessa da íntegra do trabalho da pós-graduanda,
não temos ainda o consentimento formal dela. Vamos aguardar.
Professor, eu vi também pontos positivos nos acontecimentos
que provocaram nosso encontro. Veja: na gravação das 18 teses aparece em
manchete animada “PARA DEBATE NACIONAL”. Por incrível que pareça, isso está
acontecendo entre nós. Quem sabe, nos trabalhos que o colega pretende publicar,
certamente aparecerão ideias que venham a enriquecer o nosso ensino de
Português. Sobre a preposição da qual anunciou publicar um estudo, temos
proposto um conceito diferente do tradicional. Está na tese 10 da Neopedagogia
da Gramática. Se esse conceito o ajudar, utilize-o à vontade. Seu conceito de “introdutor
de determinantes”, lançado por mim em 1976, está sendo utilizado em muitas
obras, principalmente em livros escolares. Que bom! Lamento que poucos citam a
verdadeira fonte – aquela que viu e publicou por primeiro esse novo enfoque.
Dentro de poucos dias, após serenarem as tempestades (não as
vejo assim), lhe enviarei gratuitamente as minhas obras básicas (Carta Magna da
Língua Portuguesa, Sintagramática, Redação por recomposição, Verbo Diagramado,
Interpretação Objetiva e Fono-orto-morfo). A última traz a Acentuação Objetiva
que ensejou muitas adesões entre estudiosos.
Prof. Francisco Dequi
8
g) De Pedro Junqueira para o Prof. Dequi
Por favor especial da
Sr.ta Aline
Prezado prof. Dequi,
Com muita honra para mim, verifiquei que continuamos navegando juntos. Agora
sobre as chamadas conjunções subordinativas.
Não poderia ser de outro modo. O enfrentamento daqueles conectivos é um
corolário natural do apagamento da subordinada subjetiva.
Em 2010, refleti sobre aqueles malsinados conectivos, ditos subordinativos.
Recebendo agora sua excelente obra e detendo-me na tese 9 (nove) da
“Neopedagogia da Gramática”, pude constatar que, excetuando alguns passos
da argumentação, defendemos a mesma tese.
Pediria, encarecidamente, que o caro professor desse uma olhada nos meus
rabiscos, que seguem anexos, e pronunciasse a respeito, desde que não lhe seja
muito penoso.
Naturalmente que, se levados à publicação, serão eles enriquecidos com a
referência ao seu valioso estudo a respeito, como se fez com relação aos
Professores Soares de Melo e
Evanildo Bechara.
9
h) Do Prof. Dequi
para Pedro Junqueira
Colega professor Pedro Junqueira Bernardes
Humildemente quero lhe pedir sinceras desculpas. Abandonei,
por longos meses, o acompanhamento das mensagens que me são enviadas pela
internet. Minha secretária Aline Paim que tinha a autorização para acompanhar
as mensagens ficou mamãe, recebeu a licença maternidade e, na hora de voltar ao
trabalho, pediu demissão. Preferiu entregar-se totalmente aos cuidados do seu
pequeno herdeiro.
Ao incumbir o funcionário Alceu da mesma função, ele me
mostrou seu e-mail que, embora antigo, não foi lido nem respondido por mim.
Lastimei, mas aqui estou para lhe pedir as escusas. Parece desculpa
esfarrapada, mas aconteceu. Até o meu blog ficou parado neste período. Nos
últimos meses, me envolvi com a construção de mais um bloco da minha escola,
revisei algumas das minhas obras visando à adaptação à nova ortografia a fim de
reimprimi-las adaptadas. Além disso, organizei uma tese de 320 páginas para
tentar a sua defesa via “notório saber”, buscando por aí o título de doutor,
muito importante para a minha instituição.
A verdade é que falhei junto com o nobre colega e hoje quero
me manifestar. Deixo claro que não sou muito versado no uso da internet. Por
isso, por enquanto, ainda sou um dependente em lidar com esse tipo de
correspondência.
Colega Pedro Junqueira, recebi sua mensagem datada ainda em
7 de junho. (Que vergonha!). Por ela, o colega acusa o recebimento das minhas
obras. Embora o senhor as elogie, vejo nelas defeitos. Por isso, sua leitura e
apreciação se tornam importantes. Sua modéstia tratou seu escrito como
“rabiscos”. Quero deixar claro que o senhor escreve muito bem e tem
conhecimento de causa. Seu tratado sobre os conectivos é inteligente, claro e
bem fundamentado. Deve ser publicado para que outrem perceba essa lógica de ver
a necessidade de ajustes gramaticais no nosso ensino. Fico agradecido pela
referência feita à minha versão.
Professor Pedro, há muitos outros conteúdos ligados à
Neopedagogia da Gramática que vêm despertando pronunciamentos positivos por
parte de estudiosos da nossa gramática. Estou revisando, ampliando e
reeditando. Como ainda não tenho auxiliares capazes de analisar com
profundidade, sinto-me sobrecarregado. Mas vou levando...
Reitero minhas escusas e abro o meu coração para um saudável
intercâmbio entre nós.
Prof. Dequi
___________________________________________________________________________