sexta-feira, 2 de abril de 2010

O substantivo - visão de Perini

PARECER

Perini e os traços do substantivo


Fátima, aluna do 6º B de Letras, achou que o intensivo pudesse coocorrer com o substantivo. Na lição de Perini não ocorre (-INT). Eis os exemplos de Fátima:

Ele é muito amigo
Ele é muito meu amigo

No primeiro exemplo coocorre o intensivo “muito” junto a amigo,
levando-se a crer que “muito” intensifica substantivo. Ledo engano!
Amigo, no exemplo, não é substantivo. É adjetivo no grau
superlativo analítico. No sintético seria: Ele é amicíssimo (ou
amiguíssimo. Já aceito)
Notar que -íssimo ocorre somente com adjetivo. [-(-íssimo)] não
ocorre como substantivo. Impossível lobíssimo, mesíssima; mas
perfeitamente normal belíssimo, honestíssimo.

No segundo exemplo há uma impropriedade. A palavra “amigo”,
com potencial para ser adjetivo e substantivo, foi sufocada
e agredida pelos dois modificadores incompatíveis (muito...meu),
e perdeu a sua potencialidade, acabando-se por não ser nem uma
coisa nem outra.
O segundo exemplo comportaria “meu amigo”. Meu não é intensivo,
é modificador de posse, pronome possessivo, com traço próprio
do adjetivo, por isso agora “amigo” é substantivo.

Assim é possível:
1) “muito amigo” - intensivo “muito” coocorrendo com
o adjetivo “amigo”;
2) “meu amigo” - modificador “meu” coocorrendo com o
substantivo “amigo”

Jamais “muito meu amigo”.

A Fátima é “mui” amiga!!!
A Fátima é minha amiga!
A Fátima não é “muito minha” amiga!

É o meu ponto de vista, SMJ, e

viva Perini!!!

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